Atividade de Artes Visuais
Sugestão de atividade a partir do 7º ano das séries finais do Ensino Fundamental
A
figura humana no modernismo
Exibir várias imagens com
abordagem sobre figura humana, de Anita Malfatti.

O homem de sete
cores. 1915-16. Carvão e pastel s/ papel (60,7x45). Col. Roberto Pinto de
Souza, SP.

A estudante russa.
1915. óleo s/ tela (76x61). Col. Mário de Andrade, Instituto de Estudos
Brasileiros da USP, SP.

A boba. 1915-16.
Óleo s/ tela (61x50,5). Col. Museu de Arte Contemporânea da USP, SP.

O homem amarelo. 1915-16. óleo s/ tela
(61x51). Col. Mário de Andrade, Instituto de Estudos Brasileiros da USP, SP.

Mario de Andrade I.
1921-22. óleo s/ tela (51x41). Col. Particular, SP.
Torso / Ritmo , 1915 - 1916
carvão e pastel sobre papel, c.i.d. Malfatti, Anita , 61 x 46,6 cm
carvão e pastel sobre papel, c.i.d. Malfatti, Anita , 61 x 46,6 cm
Nu
Cubista Nº 1 , 1915 - 1916
óleo sobre tela, c.i.d. , Malfatti, Anita, 51 x 39 cm
óleo sobre tela, c.i.d. , Malfatti, Anita, 51 x 39 cm
Representações
da figura humana através das cores
Processo de criação:
Anita
Malfatti utilizava-se de cores vibrantes para explorar a figura humana.
Observe
atentamente as cores e formas utilizadas pela artista. As distorções e o estilo
influente do modernismo e expressionismo.
A
partir das imagens vamos construir nossa figura humana, nosso autorretrato a
partir de vários de materiais: giz de cera, lápis de cor, giz pastel, aquarela,
tinta acrílica, etc. Em folha tamanho A3.
Lembre-se
que estará produzindo uma obra no estilo modernista, ou seja, “o rompimento com
o tradicionalismo”, um “estilo novo”. Então não tenha medo de criar e de ousar
.
Após
o processo de criação, ampliar o conhecimento sobre modernismo e a biografia de
Anita Malfatti.
Assistir o vídeo “Viajando pelo Modernismo - Aspectos da cultura
brasileira”, encontrado no You Tube, com
abordagem principal sobre a artista Anita Malfatti.
Biografia
de Anita Malfatti
Os
alunos receberão partes de um texto informativo sobra a biografia de Anita
Malfatti, e deverão ordená-lo de acordo com a cronologia.
"Eu tinha 13 anos, e sofria porque não
sabia que rumo tomar na vida. Nada ainda me revelara o fundo da minha
sensibilidade[...]Resolvi, então, me submeter a uma estranha experiência:
sofrer a sensação absorvente da morte. Achava que uma forte emoção, que me
aproximasse violentamente do perigo, me daria a decifração definitiva da minha
personalidade. E veja o que fiz. Nossa casa ficava próxima da educada estação
da Barra Funda. Um dia saí de casa, amarrei fortemente as minhas tranças de
menina, deitei-me debaixo dos dormentes e esperei o trem passar por cima de
mim. Foi uma coisa horrível, indescritível. O barulho ensurdecedor, a
deslocação de ar, a temperatura asfixiante deram-me uma impressão de delírio e
de loucura. E eu via cores, cores e cores riscando o espaço, cores que eu
desejaria fixar para sempre na retina assombrada. Foi a revelação: voltei
decidida a me dedicar à pintura." Anita Malfatti.
Anita
Catarina Malfatti (São Paulo SP 1889 -1964). Pintora,
desenhista, gravadora, ilustradora e professora. Inicia seu aprendizado artístico com a
mãe, Bety Malfatti (1866 - 1952).
Devido
a uma atrofia congênita no braço e na mão direita, utiliza a esquerda para
pintar. No ano de 1909, pinta algumas obras, entre elas a
chamada Primeira Tela de Anita Malfatti.
Reside
na Alemanha entre 1910 e 1914, onde tem contato com a arte dos museus,
freqüenta por um ano a Academia Imperial de Belas Artes, em Berlim, e
posteriormente estuda com Fritz Burger-Mühlfeld (1867 - 1927), Lovis Corinth
(1858 - 1925) e Ernst Bischoff-Culm. Nesse período também se dedica ao estudo
da gravura.
De 1915 a 1916 reside em Nova
York e tem aulas com George Brant Bridgman (1864 - 1943), Dimitri Romanoffsky
(s.d. - 1971) e Dodge, na Arts Students League of New York, e com Homer Boss
(1882 - 1956), na Independent School of Art.
Sua
primeira individual acontece em São Paulo, em 1914, no Mappin Stores, mas é a
partir de 1917 que se torna conhecida quando em uma exposição protagonizada
pela artista - em que também expunham artistas norte-americanos - recebe
críticas de Monteiro Lobato (1882 - 1948) no artigo A Propósito da
Exposição Malfatti, mais tarde transcrito em livro com o título Paranóia
ou Mistificação? Em sua defesa, Oswald de Andrade (1890 - 1954) publica,
em 1918, artigo no Jornal do Comércio. Estuda pintura com Pedro
Alexandrino (1856 - 1942) e com Georg Elpons (1865 - 1939) exercita-se
no modelo nu.
Em
1922, participa da Semana de Arte Moderna expondo 20 trabalhos, entre
eles O Homem Amarelo (1915/1916) e integra, ao lado de Tarsila
do Amaral (1886 - 1973), Mário de Andrade (1893 - 1945), Oswald de Andrade
(1890 - 1954) e Menotti Del Pichia (1892 - 1988), o Grupo dos Cinco.
No
ano seguinte, recebe bolsa de estudo do Pensionato Artístico do Estado de São
Paulo e parte para Paris, onde é aluna de Maurice Denis (1870 - 1943), frequenta
cursos livres de arte e mantém contatos com Fernand Léger (1881 - 1955), Henri
Matisse (1869 - 1954) e Tsugouharu Foujita (1886 - 1968).
Retorna
ao Brasil em 1928 e leciona desenho e pintura no Mackenzie College, na Escola
Normal Americana, na Associação Cívica Feminina e em seu ateliê.
Na
década de 1930, em São Paulo, integra a Sociedade Pró-Arte Moderna - SPAM,
a Família Artística Paulista - FAP e participa do Salão
Revolucionário. A primeira retrospectiva acontece em 1949, no Museu de
Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp. Em 1951, participa do 1º Salão
Paulista de Arte Moderna e da 1ª Bienal Internacional de São Paulo.
Em
1964, na cidade de São Paulo, Anita Malfatti morre, mas deixa um precioso
legado para a arte brasileira introduzindo um novo estilo de pintar que,
rejeitado a princípio, foi aos poucos adotado por toda uma geração de artistas.
Marco divisório entre o antigo e o novo, a obra de Anita constitui uma
inestimável contribuição para a cultura brasileira.
Após
a reestruturação do texto, será construído um mural com o Movimento Modernista,
a biografia de Anita Malfatti, imagens de algumas de suas obras e as os
desenhos produzidos pelos alunos.
Avaliação:
Avaliação
durante o processo de construção do conhecimento, e com uma autoavaliação em
torno de perguntas como:
- O que eu entendo por arte?
- O que eu entendo por arte contemporânea?
- Como eu me avalio nesse período de estudo?
- Como foi meu desempenho, desenvolvimento nas
aulas?
- Como foi o desenvolvimento das aulas?
- Você compreendeu os temas abordados?
- Como eu me senti durante as atividades propostas?
- O que mais me marcou?
- O que eu não gostei?
- Faça um comentário geral sobre as aulas,
avaliando-se pelo seu desempenho nelas.
Postagem: Cristiane de Fátima Schuster
Cerro Largo - RS
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